Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

Reumatismo não tem idade e seus hábitos ditam se você puxa o gatilho


Médica reumatologista explica sobre como grupo de doenças pode surgir na infância e impactos do estilo de vida

Por Aletheya Alves

Por: Noticias Digital – 21/11/2024 – fonte: https://www.campograndenews.com.br/

Dores frequentes nas articulações são sinais para se atentar. (Foto: Marcos Maluf)


Ainda hoje, é comum pensar que dores nas “juntas” são indicativos da idade avançada, mas isso está longe da realidade. Médica reumatologista, Fabiana Moreno explica que o reumatismo não tem idade e, dependendo dos seus hábitos e estilo de vida, pode estar “puxando o gatilho” para ativar doenças do gênero.

Quem tem alguém na família com alguma doença reumatológica costuma saber disso e já ficar de olho. Eu, a repórter que escreve aqui, sou exemplo disso. Depois de ter uma crise durante três dias aos 27 anos e notar que a maior parte dos meus colegas se assustou justamente porque não esperavam os sintomas com essa idade, entendi que muita gente não tem ideia.

O que é reumatismo?

Explicando sobre o assunto, a reumatologista Fabiana esclarece, antes de tudo, que reumatismo é um termo genérico usado para se referir às doenças que comprometem o sistema musculoesquelético.

“Não é uma doença propriamente dita, são mais de 200 doenças que estão neste grupo como a osteoartrite (ou artrose), fibromialgia, osteoporose, artrite reumatoide, lúpus, espondilartrite”, descreve.

Com isso em mente, doenças reumatológicas podem aparecer em todas as idades. Exemplificando, existe a lúpus neonatal com o recém-nascido de uma mãe que tenha a chamada lúpus eritematoso sistêmico e a artrite reumatoide juvenil para crianças e adolescentes.

Na fase adulta, é comum o diagnóstico de bursites, tendinites, fibromialgia, gota e, também, doenças autoimunes como lúpus, artrite reumatoide, sjogren e espondilartrite. Há, com idosos, osteoporose, osteoartrite, polimialgia reumática e outras.

Por que se tem reumatismo?

Segundo a médica, apesar de todas as nossas características serem recebidas nos nossos pais (incluindo predisposição a doenças), essa herança não é determinadamente para doenças reumáticas.

Na prática, o que realmente impacta no desenvolvimento das doenças é a interação dos aspectos biológicos, hormonais, ambientais e estilo de vida (como a alimentação, sedentarismo, tabagismo, estresse e isolamento social).

Pense num revólver em que a bala é a herança genética. Ela está lá, porém quem aperta o gatilho são seus hábitos, comportamentos e estilo de vida”, diz a médica reumatologista, Fabiana Moreno.

Como o estilo de vida afeta quem tem doenças reumatológicas?

Estilo de vida, hábitos e alimentação afetam diretamente no desenvolvimento do reumatismo e também no tratamento, como explica Moreno. Isso porque todas as doenças crônicas são impactadas pelos hábitos de alimentação e de movimento.

“Se você tem uma alimentação rica em produtos industrializados, ultraprocessados, gorduras saturadas, alto teor em açúcares e um comportamento sedentário (por exemplo, fica mais de quatro horas sentado, faz menos que 150 minutos de atividade física moderada por semana), você tem tudo para desenvolver uma doença crônica”. Exemplos de doenças crônicas são obesidade, hipertensão, diabetes, depressão, ansiedade e doenças reumáticas como fibromialgia, osteoartrite, gota e artrite reumatoide.

Há cura para o reumatismo?

Fabiana explica que algumas doenças reumatológicas podem ser curadas mas, em sua maioria, são doenças crônicas. Isso significa que precisam de um tratamento contínuo, durante toda a vida.

Com o avanço da medicina, há uma série de tratamentos terapêuticos que possibilitam controle das doenças para garantir bem-estar e qualidade de vida.

Ignorar sintomas pode impliar em consequências físicas e emocionais. (Foto: Marcos Maluf)


De toda forma, talvez a informação principal seja para abrir os olhos e não ignorar sintomas que são vinculados às doenças reumatológicas. Reforçando essa informação, a médica destaca que todas elas são sérias e várias podem levar a complicações físicas, orgânicas, psicoemocionais, sociais e familiares.

Então, como diz a médica, fique atento para os seguinte sintomas:

Dor e inchaço nas articulações por mais de seis semanas;

dor nas costas (especialmente antes dos 45 anos);

acordar durante a noite com sensação de estar “travado”;

rigidez matinal;

dor generalizada há mais de três meses;

fraqueza muscular;

sintomas inespecíficos também merecem atenção como fadiga, perda de peso e febre; lesões na pele, úlceras e aftas frequentes na boca, nariz ou região genital; olhos e boca seca.

“Tudo isso pode ser sintomas de alguma doença reumática e merece investigação”, completa.