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Tereza Cristina e Ciro Nogueira querem o “desembarque” do PP do governo Lula


A pressão dentro do partido está aumentando para que o ministro do Esporte, André Fufuca, deixe a administração petista

DANIEL PEDRA

Por: Noticias Digital – 11/03/2025 – fonte: https://correiodoestado.com.br/

A senadora Tereza Cristina (PP) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) durante sessão do Senado – Foto: Waldemir Barretoy/Agência Senado

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A senadora sul-mato-grossense Tereza Cristina, líder do PP no Senado, faz coro com o presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira (PI), para que a legenda “desembarque” do terceiro mandato do governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Conforme entrevista ao Correio do Estado, a parlamentar informou que, na semana passada, aumentou a pressão dentro da cúpula dos progressistas para que o atual ministro do Esporte, André Fufuca, deixe o governo Lula.

“Eu endosso e compartilho da mesma posição do presidente Ciro Nogueira de desembarcar da gestão petista. Aliás, na minha opinião, o PP nunca deveria ter entrado nesse governo Lula 3. Acredito que devemos sair”, afirmou.

Nos próximos dias, ainda conforme a parlamentar sul-mato-grossense, a cúpula nacional do PP deve pressionar Fufuca a entregar o cargo para o presidente Lula.

“A cúpula do partido já está definida quanto a isso, e não devemos recuar quanto a esse posicionamento”, assegurou Tereza Cristina antes de embarcar, no fim da tarde de ontem, de Campo Grande para Brasília (DF).

SEM CONDIÇÕES
Da mesma forma pensa Ciro Nogueira, o qual, em entrevista à imprensa nacional, demonstrou total insatisfação com a presença de Fufuca no governo federal.

“Para mim, Fufuca não deveria nem sequer ter aceitado o ministério. Não quero mais postergar essa decisão”, afirmou o presidente nacional dos progressistas.

Dirigentes e líderes dos partidos que integram o Centrão e de outras legendas de centro e centro-direita têm demonstrado desconforto com as mudanças que vêm sendo sinalizadas pelo governo Lula.

Além da escolha, até agora, apenas de políticos do PT, com perfil mais ideológico, na reforma ministerial – Alexandre Padilha no Ministério da Saúde e Gleisi Hoffmann na Secretaria das Relações Institucionais da Presidência da República –, a queda na popularidade de Lula também tem feito o grupo avaliar se vale 
a pena de fato integrar a base de apoio dentro do Congresso Nacional.

Por ser abertamente de oposição e aliado de primeira hora do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL), Nogueira tem verbalizado a insatisfação do grupo partidário com a gestão petista. 

O Planalto, porém, já detectou que o desconforto passa também por outras legendas do centro – entre elas o MDB, o PSD, o União Brasil e o Republicanos. A ideia no governo é tentar ampliar, a partir da próxima semana, o diálogo com esses partidos para reduzir as queixas.

O presidente nacional do PP ressaltou para a imprensa nacional que não há compatibilidade entre o seu partido e o governo Lula. Segundo ele, foi realizado um convite pessoal do petista para o deputado federal, de modo que não houve uma aderência ao governo federal.

“Não digo nem para deixar o governo, porque nós nunca entramos. Ultimamente, tem criado um certo constrangimento essa situação. Existe uma pressão da bancada para tomar essa decisão [de sair do governo]”, afirmou o senador.

“Vou conversar sobre isso com algumas lideranças”, adiantou o presidente nacional do PP, referindo-se a reuniões que devem ocorrer nesta semana, em Brasília.

ARTHUR LIRA
Segundo integrantes da base aliada, a entrada de nomes do PP no primeiro escalão do governo passou por uma articulação negociada diretamente com o então presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), para contemplar os parlamentares do Centrão que tinham um bom relacionamento com o Palácio do Planalto.

Além da nomeação de Fufuca – que é próximo de Nogueira e Lira – para o Ministério do Esporte, o PP emplacou também a presidência da Caixa Econômica Federal, com Carlos Antônio Vieira. Ele foi indicado para o posto justamente por Lira.

Na avaliação desses interlocutores de Lula, Nogueira tenta se cacifar politicamente com a pressão sobre o governo e busca fortalecer sua aliança com Bolsonaro, a quem visitou em Angra dos Reis (RJ) durante o Carnaval.

Ex-ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro, o presidente do PP sempre foi visto dentro do Planalto como um representante da oposição. Por isso, segundo esses políticos, Nogueira não poderia sair, uma vez que nunca entrou.

A avaliação também é de que seu movimento mais recente reflete a intenção de ele se reeleger para o Senado em 2026 ou até mesmo ocupar uma eventual vaga de candidato a vice-presidente em uma chapa da oposição.

Nogueira afirmou que o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, deve deixar o PL e migrar para PP em breve para concorrer ao Senado por SP em 2026. 

A migração foi acertada com a bênção de Bolsonaro. Os três se reuniram em Angra para selar o acordo. Derrite pertencia ao PP quando concorreu ao cargo de deputado federal e foi eleito pela primeira vez em 2018.

O capitão da Polícia Militar de São Paulo migrou para o PL para concorrer novamente em 2022. No entanto, após a sua reeleição, ele foi escolhido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para a Pasta da Segurança Pública, cargo em que se destacou por uma política dura e que provocou uma crise por causa do aumento da violência policial no estado paulista.

Apesar das críticas, Tarcísio de Freitas garantiu no início do ano que Derrite não seria retirado do cargo. No governo estadual, o secretário se tornou um fiel representante do bolsonarismo.